A retomada da famigerada obra de ampliação do Legislativo de Santa Maria ganhou consistência nos últimos dois anos. Muito disso passa, é evidente, pelo empenho das gestões. Mas há um nome por trás dos presidentes da Câmara tido como o “destravador” desse gargalo histórico: Lucas Saccol. À frente da Procuradoria Jurídica, é tido (e reconhecido) pelos parlamentares como quem possibilitou o desenrolar de um episódio que há mais de uma década marca negativamente a Casa do Povo.
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Em 2024, Saccol foi responsável pelo acordo com o Tribunal de Justiça, que mudou o rumo da obra. Foi a partir daí que 2025 passou a ser visto como “o ano” para viabilizar o processo licitatório para a contratação de uma empresa que faça a correção das patologias estruturais da última década. Não é por acaso que o atual presidente da Câmara, Admar Pozzobom (PSDB), tanto quanto vários que o antecederam, elegeu a retomada da ampliação como a pauta “número 1” da sua gestão.
Agora, neste mês, a gestão deu outro importante passo: aprovou a contratação de um arquiteto e um engenheiro. Os profissionais terão a missão de apontar o que deve constar no edital para a recuperação de patologias, revisão do projeto original e conclusão da futura obra. Ou seja, o assessoramento será dado nessa fase para que nada mais impeça o avanço e conclusão da edificação.
Boa parte do trajeto percorrido, até aqui, passou pela atuação e condução jurídica e legalista do procurador. Independentemente se a obra será retomada, nesta legislatura ou não, o mérito do avanço já tem, no momento, um crédito conhecido.
Ah, resta, claro, saber o que a sociedade pensa disso e da necessidade real de uma nova sede para o Parlamento. Pois é.
EMEDEBISTAS
O encontro que reúne militantes de quatro regiões do Estado em Santa Maria, neste sábado, tem tudo para se transformar em grande catalisador dos anseios dos militantes do partido em torno da pré-candidatura de Gabriel Souza ao governo do Estado. De inhapa, poderá também mostrar o poder de mobilização de três nomes postos na disputa proporcional: Beto Fantinel (estadual) e Rudys Rodrigues e Paulinho Salerno (federal).
PARA ONDE?
Subiu no telhado a possível transferência dos trabalhos da Câmara de Vereadores para o antigo campus da Ulbra, na entrada para o distrito de Boca do Monte. A pressão de edis e servidores (que, aliás, fazia todo sentido) funcionou e a ideia foi, por ora, arquivada. Mas o problema persiste: para onde se transferirão todos enquanto uma obra de reforma ampla for feita no deteriorado Palacete da Vale Machado?
UMA RELAÇÃO...
Seja qual for o resultado da denúncia apresentada pelos advogados da Corsan/Aegea contra o vereador do PL, Tubias Callil, por possível quebra de decoro parlamentar junto à extinta CPI da Corsan, o fato é que as relações entre ele e Tony Oliveira, do Podemos, estão estremecidas. Isso se deu após Tony, ouvidor da Comissão de Constituição e Justiça, emitir parecer favorável à admissibilidade da denúncia junto ao colegiado.
...ESTREMECIDA
Tubias estava “marcando em cima” o colega. Mas depois do “sim” de Tony, ambos têm procurado se evitar. Nas sessões plenárias seguintes, dão jeito de não se aproximar. Tubias, inclusive, já teria mandado recado: retribuirá o “favor” na mesma moeda. Agora, a CCJ (foto) tem até cinco sessões para avaliar o parecer. São dois os caminhos: ele é rejeitado e denúncia arquivada, ou aceito e abre-se o processo.
PARA FECHAR!
Nada mais enganoso que os 19 votos, na sessão da última terça, favoráveis à “Moção de Apoio à Luta das Servidoras e Servidores Públicos Municipais de Santa Maria em Defesa de seus Direitos”. Embora importante, é pouco provável que se mantenham todos quando for votada a reforma da Previdência e esta retirar direitos do funcionalismo. A conferir.
